#WorldAIDSDay - Porque o Dia Mundial Contra a AIDS ainda é importante

#WorldAIDSDay - Porque o Dia Mundial Contra a AIDS ainda é importante

de Notícias Recon

17 de novembro de 2015

Por Matthew Hodson, da GMFA

Nos Estados Unidos e Reino unido, os homens gays representam a maioria das novas infecções pelo HIV. Existem, no momento, mais de meio milhão de homens gays vivendo com HIV nos EUA, e cerca de 50.000 no Reino Unido. Na maioria dos países ocidentais, vemos um aumento significativo de novos diagnósticos de HIV entre homens gays e bissexuais. Um grande número de gays permanece sem diagnóstico, o que significa que eles não podem se beneficiar dos tratamentos e continuam sendo altamente infecciosos para seus parceiros sexuais.
A realidade de se viver com o HIV hoje mudou consideravelmente desde o início do Dia Mundial Contra a AIDS, lá em 1988. O HIV agora é uma condição administrável, mas se você perguntar a quase todos que vivem com o vírus, eles te diriam que prefeririam não tê-lo. Nos últimos anos, a cobertura da mídia para este dia parece ter enfraquecido, mas a necessidade de se prevenir novas infecções, dissipar a ignorância e desafiar o estigma do HIV é tão urgente quanto antes. Neste ano, façamos o Dia Mundial Contra a AIDS valer, tomando as seguintes medidas.

1. Saiba seu status

Se você não se testou por um ano ou mais, marque já uma data em sua agenda. Você pode achar que não correu nenhum risco, mas os preservativos podem falhar, assim como relacionamentos monogâmicos. E sexo oral não está livre de riscos. Mesmo que você esteja bastante confiante de que seu resultado será negativo, é melhor saber com certeza. E faça um plano para se testar a cada ano de agora em diante. Se precisar de um empurrãozinho, você pode se inscrever no lembrete de e-mail anual da GMFA.

2. Fale sobre o HIV

O HIV costumava a figurar com frequência nas conversas que os homens gays tinham entre si. Com menos pessoas morrendo e com menos pessoas mostrando os sintomas do HIV, essas conversas agora são menos frequentes. No Dia Mundial Contra a AIDS, reserve algum tempo para discutir o HIV com seus amigos: o que eles fazem para protegerem a si mesmos e a seus parceiros? Será que eles revelam seus status a seus parceiros antes do sexo? O que eles fazem, se alguém diz a eles que tem o vírus? Se mais homens gays falarem sobre o HIV, é provável que nós possamos pensar sobre o assunto com mais clareza, dissipando mitos ou equívocos, além de buscarmos informações e reafirmarmos as razões pelas quais não queremos nos envolver na transmissão do HIV (tanto contraindo o vírus sem estarmos infectados ou o transmitindo no caso de já vivermos com o HIV).

3. Apoie uma entidade beneficente

Todos sabem que estes são tempos difíceis para a economia. Muitas entidades beneficentes estão com problemas, com cortes de governos e menos doações. O site da GMFA, até o momento, não recebe nenhum repasse de governos nacionais ou locais. Nós dependemos da generosidade da comunidade gay e daqueles que valorizam nossa comunidade para manter o site funcionando. Não estamos sozinhos nesta luta. Por todo o Dia Mundial Contra a AIDS haverá muitas entidades beneficentes fazendo um grande esforço para a angariação de fundos. Todas elas defendem causas importantes e todas precisam de seu apoio. Se você valoriza os serviços que a GMFA oferece, esperamos que você considere em fazer uma doação para a GMFA para que continuemos a oferecer a milhares de homens gays pelo Reino Unido e pelo mundo a informação mais aberta e honesta sobre sexo gay, saúde sexual e prevenção contra o HIV disponível.

4. Use uma fita vermelha

Usar uma fita vermelha ou colocar uma em seu perfil não significa seguir a moda. Uma fita vermelha te dá a oportunidade de mostrar que você se importa com o HIV, vivendo com o vírus ou não. Aproveite a oportunidade para falar com qualquer pessoa que comente sobre testes e tratamentos, sobre sexo seguro e sobre estar no controle. Encoraje-os para refletirem sobre tipo de sexo que eles praticam, o risco que eles assumem e o impacto de suas atitudes. Lembre-se das vidas que foram perdidas e do sofrimento das pessoas cuja saúde será comprometida no futuro se nós ignorarmos o problema. Pense sobre o que podemos fazer para ajudar aos outros e reduzir o estigma relacionado ao HIV. Isso é o que significa usar a fita.

Trabalhando juntos podemos barrar a transmissão do HIV.