Obscuridades do Fetiche – Cateteres
de
Notícias Recon
24 de janeiro de 2020
Por Skully, da Equipe Recon
O mundo dos fetiches é muito diverso. A coisa que acho mais interessante sobre meus fetiches e preferências é que eles evoluem constantemente, e a todo o momento sou apresentado a novas ideias e práticas.
Eu acho fascinantes os fetiches e práticas sexuais das pessoas. Recentemente, conversei com um amigo sobre brincadeiras com a uretra, o que me levou a pesquisar mais sobre cateteres. Eles não devem ser confundidos com agulhas-catéter (o que achei que era sobre o que iríamos conversar). Cateteres são usados no urethral play (brincadeiras com a uretra, em tradução livre), que envolve introduzir objetos uretra adentro. Os objetos mais comumente utilizados são sondas, que vêm em tamanhos diversos e geralmente são inseridas apenas até a metade da glande para assim serem facilmente retiradas. Outros objetos podem ser inseridos mais profundamente, chegando até a bexiga. A uretra é bem sensível e sua estimulação pode causar orgasmos. Farei aqui uma longa introdução (trocadilho proposital!) sobre como os cateteres são usados.
Os cateteres são tubos flexíveis geralmente usados em tratamentos médicos para se esvaziar a bexiga. Dentro do BDSM, o uso principal dos cateteres é o controle da bexiga. Para isso, um tubo cateter é inserido na uretra até a bexiga com a ponta aberta do cateter sobrando na ponta do pênis.
Um cateter é uma ótima ferramenta para as dinâmicas de troca de forças. O parceiro dominante fica essencialmente no controle, permitindo ou não o fluxo da urina do submisso. A estimulação na uretra parece ativar o gatilho do centro de prazer do cérebro que responde ao ato de urinar e à ejaculação. As praticas com cateteres têm um aspecto dual: a sensação física e o efeito psicológico de se ter um objeto inserido dentro da uretra. Geralmente, os cateteres e o urethral play são usados dentro das práticas de fetiches médicos. O parceiro submisso pode ser amarrado, amordaçado, despido e humilhado, enquanto o parceiro dominante adota o papel de profissional médico, fazendo "exames" e "testes", que podem ser dolorosos ou humilhantes. A perda do controle dessa função primária significa que o sub está a total mercê de seu Dominador, e a vulnerabilidade e confiança envolvidas podem ser bastante excitantes para as partes envolvidas.
Existem vários tipos de cateteres, geralmente feitos de látex e cobertos com Teflon, que os deixam bem lisos ao serem lubrificados. Alguns cateteres são feitos de plástico, que se tornam bastante flexíveis na temperatura do corpo, e consistem geralmente em tubos mais simples com um pequeno funil em uma das pontas. O tipo de cateter mais comumente usado nas práticas sexuais é o cateter Foley. Um cateter Foley pode permanecer inserido por um tempo considerável. Apesar de um cateter poder permanecer inserido por dias dentro de um ambiente hospitalar, é recomendado não deixá-lo inserido por mais de duas horas em uma brincadeira sexual.
Ao se remover a seringa do cateter, seu sub poderá mijar e continuar mijando até esvaziar sua bexiga. Fazê-lo beber alguns copos de água pode ser uma boa ideia antes de começar a sessão. Mesmo quando tiver esvaziado a bexiga, ele terá a sensação de que ainda está mijando. Para os submissos que curtem mijo, você pode incorporar essa prática a um jogo de reciclagem, no qual o mijo do submisso é recolhido em uma bolsa em sua perna, e o conteúdo dessa bolsa é então colocado na boca do submisso para ele beber.
A segurança é importante em todos os tipos de prática BDSM. No urethral play, certifique-se de ter estudado o assunto e praticar com alguém experiente. Infecções bacterianas na uretra ou bexiga são os perigos mais comuns quando se utiliza cateteres. Os sintomas normalmente se desenvolvem dentro de alguns dias após o cateterismo e, se você contrair uma infecção, ela pode ser desagradável, mas geralmente pode ser tratada com antibióticos. Certifique-se de que todo o equipamento usado está esterilizado e que você está completamente recuperado antes de brincar com cateteres novamente!
Se você gostaria de publicar um artigo com suas experiências e preferências fetichistas, envie-nos para social@recon.com
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