Entrevista com o vencedor da Capa de Janeiro, PupZano. Parte 2.

Entrevista com o vencedor da Capa de Janeiro, PupZano. Parte 2.

de Notícias Recon

23 de janeiro de 2015

Esta é a segunda parte da nossa entrevista com o PupZano:

R: O que mais te atrai em ser um filhote?


PZ: A comunidade. Eu já fiz vários amigos (em Londres, São Francisco e Seattle) com os quais eu me conecto de um jeito único, sem comparação. É como uma grande família de amigos que só fica maior e mais amigável quanto mais você se dedica a ela.

E quebrar barreiras sociais. Como um filhote, as regras são jogadas pra fora da janela. E eu, um britânico que passa bastante tempo em São Francisco, comecei a perceber o quanto sou estrito com a etiqueta. E o pup play quebra essas barreiras pra mim. De repente você se vê em um outro ambiente com novas regras que aliviam a responsabilidade em atender expectativas sociais.

R: Existe toda uma comunidade de filhotes online – Você gosta de fazer parte desta comunidade?

PZ: A comunidade de filhotes no Twitter e de outros lugares é uma parte importante do meu dia-a-dia. É uma comunidade acolhedora e gentil com a qual eu interajo várias vezes ao dia. É um tipo de zona de conforto on-line pra qual eu sempre posso voltar.

R: Você parece dividir seu tempo entre o Reino Unido e São Francisco. Como isso funciona?

PZ: Meu trabalho me leva para São Francisco por grandes períodos de tempo e eu tenho alguns amigos lá. Igualmente, eu me sinto em casa no Reino Unido pela família, amigos e estudos.

R: Ah, legal, ok. Se apontarem uma arma na sua cabeça e te forçarem a dizer... qual lugar você prefere e por quê?

PZ: São Francisco tem burritos, e o Reino Unido tem curry. Eu levaria a bala na cabeça antes de ter decidido.

R: Hahaha, justo. E o que você diz sobre as diferenças nas cenas fetichistas de Londres e São Francisco?

PZ: Humm, boa pergunta. Eu diria que é a aceitação do público. Em geral, eu não ficaria surpreso em ver um adestrador andando com seu filhote em SOMA (São Francisco), mas eu olharia uma segunda vez se isso acontecesse em Soho (Londres). Eu sei que eu não vou ser agredido por lamber um milk-shake em uma tigela de cachorro em Wicked Grounds (SF), mas mesmo um kink-café que existia em Londres tinha suas janelas escurecidas e uma cortina de privacidade dentro. Também eu acho que a "Liberdade Americana" tem um papel importante na autoconfiança das pessoas em fazerem aquilo que gostam.

R: E você tem uma opinião por qual lugar tem os caras mais tesudos?

PZ: Definitivamente São Francisco, e não pelos rapazes de Los Angeles estilo boneco Ken. Gosto dos caras com jeito de homem. Bears, cubs, machões. Vocês de São Francisco têm tudo.

R: E você respondeu sem pensar. Desculpem-nos rapazes de Londres.

Você já esteve em São Francisco em época de Folsom? Se já, você já participou e como foi a experiência?


PZ: Eu já fui tanto para a Folsom quanto para a Dore Alley várias vezes no passado. Eu gostaria que a gente tivesse algo do tipo no Reino Unido, mas aí o nosso clima estragaria toda a festa. Acredito que as feiras de rua como essas se beneficiam do tempo quente: caras suados, lubrificante liquefeito e látex brilhante.

Continua