ARTIGO DO USUÁRIO: A vida que o fetiche me deu
de
Notícias Recon
30 de maio de 2019
Por BoundJake, usuário Recon
Olá. Eu gostaria de falar sobre mim, sobre minha jornada pela comunidade fetichista e como ela me trouxe a pessoa fetichista maravilhosa pela qual eu me apaixonei.
Primeiro, vamos às apresentações… Eu sou Jake, um Dominador de 25 anos do Norte da Inglaterra. Antigamente eu era conhecido como GaggedChav,um artista pervertido e um pouco sádico. Meus interesses incluem: spanking, controle de respiração, bondage, cócegas, Dominação, mordaças, lycra, uniformes, CBT, cera muito quente, scallies, pinwheels, surras com vara, floggers… Dá para ter uma ideia que sou um fetichista. Mas, acredite se quiser, eu nem sempre fui assim. Voltando no tempo alguns anos, eu estava em meu primeiro encontro fetichista, algo que me levaria a ser o que sou hoje.
Eu me encontrei com outro rapaz da minha cidade através do Instagram, alguém que, como eu, passou a fazer parte da comunidade fetichista social e on-line. O garoto se chamava Josh, mais conhecido como EnglishKinks. No momento em que entrei em sua casa, eu fui amordaçado e amarrado, recebi cócegas e tormentas das mais diversas formas divertidas e deliciosas. Ele tinha muito mais experiência do que eu, e, apesar de eu ter tido a chance de amarrá-lo, nosso primeiro encontro foi principalmente explorando meu lado submisso. Ao longo de vários meses, encontrei Josh repetidamente. Nós fizemos sessões de fotos, sessões em grupo, vídeos, mas o mais importante foi que desenvolvemos nossas redes sociais, fazendo amigos e fãs ao longo do processo.
Durante essa época, comecei a me desenvolver, expandir minha rede, conhecer novas pessoas com novos interesses, copiar e curtir suas taras até eu perceber que eu as curtia também. Neste ponto, criei meu Tumblr e meu perfil do Recon. Eu conheci muitos caras divertidos, realmente explorando minha nova diversão, e depois eu compartilhava na internet minhas travessuras com os fetichistas, gerando uma enorme base de fãs, com dezenas de milhares de seguidores. Em seguida, comecei a vender meu trabalho. Foi incrível, produtivo e cheio de vida e aventura.
Durante aquele ano, meus vídeos fetichistas artísticos me permitiram viajar. Meus primeiros destinos foram Newcastle, Londres e Espanha. Eu participei de oficinas, clubes, eventos de couro. As pessoas com quem fiz amizade eram incríveis - ver a comunidade fetichista através dos olhos de outras pessoas não era apenas revigorante, mas também esclarecedor. Eu tive uma experiência incrível em uma oficina de vestuário de bondage espanhola; ser colocado na camisa de força, encapuzado e colocado de joelhos, enquanto um artista criava roupas incríveis ao meu redor. Uma grande aventura, e, em troca, ter um focinho personalizado, desenhado e montado diante de meus olhos, foi uma experiência sensacional, mas isso é história para uma outra ocasião.
Quando eu retornei pra casa, um amigo da Espanha me apresentou a um amigo da internet que ele conhecia há alguns meses, o Adam, também conhecido como BoundUpLad. Ele era fofo, loiro, ardente. Eu me senti muito atraído por ele. Nós nos encontramos em um hotel em minha cidade. Eu estava excitado, como sempre fico quando conheço alguém novo. Mas eu não estava preparado para os sentimentos e reações que viriam a seguir. Houve uma conexão com essa pessoa, algo que eu nunca havia sentido antes. É seguro dizer que ele também ficou estimulado com nosso primeiro encontro, a química foi inegável, logo após nosso primeiro encontro, já marcamos o seguinte.
Eu comecei a apresentar meus amigos para ele. Nós dois nos encontrávamos, mergulhando de cabeça em uma experiência alegre e estimulante, mergulhando em uma variedade de palhaçadas fetichistas e filmando nossas peripécias. Era luxúria e paixão, diversão inebriante que nos tirava o fôlego. Depois nos sentávamos e conversávamos por horas. Nós riamos e bebíamos, relembrando nossas experiências e compartilhando histórias de vida uns com os outros. Foi engraçado para nós dois descobrir que Josh foi a primeira pessoa que nós dois nos conhecíamos. Antes que eu percebesse, eu estava viciado nos sentimentos que estava sentindo.
Foi incrível ter acontecido esse encontro. Eu havia desenvolvido um gosto tão único e requintado em meus fetiches que estava preocupado em mostrar isso para outras pessoas. Eu não precisava ficar preocupado, pois ele respondia tão bem a tudo o que experimentávamos. Nós éramos opostos de muitas maneiras, mas nos uníamos como ímãs, explorando constantemente os corpos uns dos outros, encontrando maneiras novas e excitantes de nos vitalizarmos e estimularmos uns aos outros. Depois do fetiche, a diversão não parava. Antes que eu percebesse, estávamos jantando juntos, assistindo a filmes, bebendo, até participamos da Parada de Newcastle... Eu não percebi, mas estávamos namorando.
Depois de muitos mais encontros e brincadeiras, decidimos que era hora. Estávamos apaixonados e nós oficialmente entramos em um relacionamento. O negócio ia bem, a Collection - nossa marca de vídeos - estava crescendo. Juntos, conhecemos pessoas novas e interessantes - outros influenciadores digitais com suas bases de fãs, com vontade de colaborar. Tudo estava indo tão bem, e eu não podia acreditar o quão rapidamente tudo aconteceu. E aconteceu, a morte do Tumblr. No dia 17 de dezembro de 2018, o Tumblr anunciou que iria bloquear e remover todo o material sexualmente explícito do site. Como um amante das taras e um influenciador digital, essa notícia foi devastadora, e logo depois disso meu Instagram foi imediatamente removido. Não havia mais lugar para promover meu conteúdo, nenhum destino para nós compartilharmos nossas peripécias, foi desolador.
Mas uma coisa que eu aprendi com a comunidade fetichista é que nós permanecemos juntos. Os fetiches nos amarram de formas que eu não imaginei que eram possíveis. A maioria das pessoas que eu conheço eu não considero apenas uma aventura fetichista, eu as considero como amigas, e sempre será assim. Nós nos reunimos, discutimos ideias e soluções. Mudei minhas operações para o Twitter, criei uma nova conta no Instagram. Meu novo nome seria BoundJake.
Nosso pequeno império fetichista continua a crescer. O fetiche se tornou uma grande parte de nossas vidas, entrelaçando-se com amizade, viagem, vida e amor. Isso nos permitiu conhecer novas pessoas e explorar novos lugares. Isso nos permitiu mudar para nossa primeira casa. Isso nos permitiu explorar nossas próprias sexualidades. Recentemente, voltamos de uma viagem à cidade de Nova York, onde pudemos vivenciar os problemas da Big Apple e explorar as diferentes opções e oportunidades da América. Mas, o mais importante, em nossa viagem, Adam passou de namorado para noivo. Fetiche é diversão, fetiche é vida, mas amor é amor.
Se você quiser compartilhar suas experiências no fetiche e o impacto que ele tem na sua vida, envie suas ideias para: social@recon.com
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