ARTIGO DO USUÁRIO: O Sádico
de
Notícias Recon
16 de novembro de 2019
Pelo usuário Alex326
Como Sádico, eu gosto de provocar dor nos outros. Eu gosto de humilhar, degradar. Isso faz meu pau ficar duro. Quanto mais o outro estiver sofrendo e quanto mais vocal for esse sofrimento, mais eu vou gostar. Eu sou um vampiro emocional: um Sádico a procura de Masoquistas, testando os limites da dor e resistência para que eu possa ser sustentado pela energia psíquica deles.
Diferentemente de um vampiro, porém, nós temos que começar com uma negociação. O submisso precisa saber no que ele está se metendo. Nós discutimos todas as coisas que eu planejo fazer e asseguro que NADA na sessão irá acontecer sem o consentimento dele. Talvez algumas das coisas acabem saindo da lista ou sendo deixadas para outro encontro. Nós acordamos em como ele pode comunicar seus desejos e como podemos nos comunicar. Conforme eu bato levemente em sua pele, eu começo a perguntar como ele está, e se ele disser VERDE, significa que está tudo bem. Eu aperto seus mamilos de leve e percebo sua respiração se acelerar um pouco, e ao mesmo tempo eu o instruo a dizer AMARELO, caso ele queira que eu desacelere um pouco. Aí, com um pouco mais de força, o suficiente para fazê-lo tremer um pouco, eu digo que VERMELHO significa que ele quer um tempo, e que esse tempo pode ser o tanto quanto ele quiser. E depois, com uma última apertada forte, eu seguro sua bunda e sussurro em seu ouvido que ROXO significa que ele quer que eu pare a cena imediatamente.
"Mas e se eu não conseguir falar", ele me pergunta com hesitação. Depois de repreendê-lo de forma amigável por se adiantar no assunto, eu digo-lhe que passaremos das palavras aos toques com dedos, mãos ou pés. De um toque para VERDE até quatro toques para ROXO. Meu corpo nunca estará a mais de um centímetro de distância dele. Eu prometo-lhe que não haverá forma de ele estar completamente amarrado ou imobilizado por mim sem a possibilidade de se comunicar. Eu digo a ele que é importante entender que, em última instância, é ELE quem está no comando do que acontece com seu corpo, e ele pode me fazer parar a qualquer momento. E assim, ele se relaxa por completo, mas também percebo que ele está completamente excitado. Meu toque, a proximidade dos nossos corpos, minhas palavras, nossa negociação, seu consentimento; tudo está em seu lugar. Eu pergunto a ele se ele está pronto, se ele ainda quer fazer isso? Ele me dá a única palavra que eu estou esperando...
SIM…
Uma boa cena comigo começa com uma mordaça em formato de aranha como humilhação básica. É enganadoramente simples no começo, pois a boca do garoto é mantida aberta pelas barras de metal e a alça é apertada até um grau próximo do desconfortável. Lentamente, vem a percepção de que ele não tem controle sobre sua boca. A cena começa.
Geralmente eu começo oferecendo ao sub a escolha dos instrumentos da minha Parede da Dor, que mostra todos os meus instrumentos de impacto. Será a vara ou a pá? Se nós nunca tivermos brincado antes, e ele não conhecer minha reputação, ele irá escolher aquela que ele acha que vai doer menos. Eu nunca seleciono a que ele escolhe. Se nós já tivermos brincado antes e ele souber o que fazer, ele irá assumir a posição: ajoelhado em submissão, bunda para cima, testa tocando o chão, aguardando instruções. Independentemente da escolha, depois de alguns minutos na sessão, ele está babando incontrolavelmente, especialmente se a brincadeira for intensa (e é). O sub geralmente vai querer tirar a mordaça em algum momento, e é claro que eu aceito... por um preço. A vida é cheia de escolhas e consequências, mas isso é assunto para outro dia.
A emoção sádica das surras com vara é assistir e participar da jornada de resistência do submisso enquanto ele deliberadamente tenta segurar os sinais enviados pelo seu corpo. Seja o sub novato ou bem treinado, ele sempre recua quando a dor aguda o atinge nas primeiras vezes. Muitas vezes eu não uso amarras, porque onde está a graça nisso? É mais divertido para mim se o sub voluntariamente fica em um lugar e não se mexe porque EU MANDO, não porque ele está impedido de se mover por cordas, algemas ou filme plástico. Eu também gosto de bater em áreas inesperadas do corpo, para desequilibrar o submisso e levar a cena para um nível novo e inesperado.
Porque bater com a vara na bunda quando o sub tem uma bela parte interna da coxa? Você já ouviu de CBT, mas você já bateu com a vara no períneo (área entre as bolas e o ânus) ou no ânus? Ele pode conseguir aguentar golpes seguidos nas costas, mas se você bater em seus pés (bastinado), em pouco tempo ele estará se contorcendo em agonia. Todas essas novas e inesperadas sensações intensificam a energia da cena.
Eu amo bater com as mãos muito mais do que com vara por causa da intimidade envolvida. Você precisa entrar no espaço pessoal de alguém para bater nele. Você estará tocando-o em lugares íntimos e de formas íntimas. Talvez você enfie os dedos enquanto bate ou torça os mamilos dele. Conforme eu bato no sub, eu consigo ver sua pele mudar de cor e textura. Quando eu toco nele, eu consigo ouvir as batidas do coração aumentarem. Eu posso passar de leve as pontas dos meus dedos e a palma da minha mão por sua pele para provocar arrepio e aguçar seus sentidos, embalando-o através de um interlúdio que termina quando eu envolvo o pau e as bolas dele em minhas mãos e APERTO. Seu grito de surpresa é música para meus ouvidos. Agora é hora do próximo nível de diversão.
As surras com vara? Com as mãos? Essas atividades eram apenas caminhos para o fim, da mesma forma que a diversão em brincar com prendedores de mamilos acontece quando você os tira. Existem tantas coisas divertidas que se pode fazer com um corpo que foi posto à prova. Se os pés dele têm cócegas, a sensação é amplificada depois de uma sessão de bastinado. O toque mais leve nas costas depois de levar uma surra pode ser unicamente agonizante. Álcool escorrendo pelos hematomas recém-criados é tortura. Todos sabemos o quão divertido é brincar com um rabo depois de abusado! Juntos, eu e o sub podemos surfar ondas de emoções, trocando energia conforme entramos e saímos dessas práticas em várias combinações. Mas eventualmente, a cena tem que terminar e os cuidados posteriores podem ser uma última oportunidade para se trocar energias já que ambos têm que relaxar das fortes emoções da sessão.
Muita da conversa nos cuidados posteriores é focada no submisso, por tudo o que ele passou. Como Sádico, os cuidados que eu preciso giram em torno de me livrar do excesso de energia emocional acumulada durante a cena e, fisicamente, acalmar minha respiração. Abraços são uma forma mutuamente benéfica de atingir ambos os objetivos.
Eu costumava me preocupar com o fato de que meus estilos preferidos de práticas fossem sinais de que eu tinha problemas de raiva. Talvez eu precisasse de terapia. Conforme fui entrando na comunidade, eu descobri que existiam outros como eu. Homens e mulheres que gostam de causar dor, humilhar pessoas. Sádicos que se excitam com a troca de energia emocional. Isso não significa que eu tenho raiva ou quero machucar meus parceiros. Não sou um assassino em série sendo formado, aperfeiçoando meu modus operandi sob o disfarce de brincadeiras. Todos que eu bato com vara ou com as mãos querem estar lá. Toda a bunda que eu arregaço pede por mais. Mesmo que eu me excite com gemidos, gritos e até mesmo lágrimas, meu parceiro também está excitado, não somente com as sensações do que está sendo feito com ele, mas também excitado por oferecer essa energia psicológica para mim. Troca de forças é uma droga do caralho!
Se você quiser ter um artigo seu relacionado a fetiches aparecendo no Recon, envie suas ideias para: social@recon.com
Compartilhe