A influência crescente do cosplay na cena fetichista

A influência crescente do cosplay na cena fetichista

de Notícias Recon

15 de junho de 2017

Cosplay, a contração do termo em inglês "Costume play" (Jogo de fantasias, em tradução livre), é a prática de se vestir como um personagem de um livro, história em quadrinhos, filme ou videogame. A prática é um fenômeno global que tem um grande papel em convenções de fãs da cultura pop, incluindo a mundialmente famosa Comic-Con. Para muitos devotos, o cosplay não tem apelo sexual, mas para um número crescente de homens fetichistas, a prática do cosplay e o surgimento uma nova tara estão cada vez mais difíceis de se separar.

Geralmente concentrados em super-heróis, como Homem Aranha, Batman, Capitão América e Super Homem, os fãs do fetiche por cosplay pegam as identidades de personagens icônicos e as incorporam nas práticas. O gênero super-herói explodiu nas últimas décadas, produzindo inúmeras franquias de filmes, séries e videogames baseados em personagens de quadrinhos da Marvel e DC. Por exemplo, o filme Os Vingadores (2012) da Marvel é atualmente o quinto filme com maior faturamento de todos os tempos, então fica claro que os super-heróis estão fortemente presentes no imaginário do público.

É evidente que o gênero super-herói é bastante popular, mas seria por este motivo que o fetiche cosplay também vem ganhando seguidores? Vamos olhar mais de perto para algumas das inspirações desta cena e as razões pelas quais ela vem se espalhando mais e mais.

Super-heróis e o fetiche



Não é difícil traçar um paralelo entre as roupas de super-heróis e as fetichistas. Elas são coladas na pele e tradicionalmente vestidas por homens poderosos e fortes. Roupas fetichistas de super-heróis são um setor crescente do mercado, com fantasias disponíveis em elastano, lycra e látex, muitas com cortes nas partes genitais para serem usadas durante uma sessão. Apesar do aumento da presença dos super-heróis na cultura popular não ser a única razão para os rapazes se envolverem com cosplay, essa maior visibilidade certamente tem um grande impacto.

Mas o fetiche do cosplay é muito mais do que simplesmente se vestir de acordo com seu super-herói preferido. Apesar de não fazer parte da cena BDSM, os caminhos do fetiche de cosplay e bondage se cruzam, e muitos fetichistas realizam cenas com o personagem em questão sendo preso, algemado e amordaçado.

As narrativas das histórias de super-heróis acabam se inclinando para a troca de poder entre participantes, com seus cenários delimitados entre heróis e vilões, além da subversão do herói típico em todos os tipos de situações. Como símbolos de força e poder, os super-heróis podem ser dominadores ou dominados por seus inimigos, estabelecendo assim papéis para o Dominador e o submisso.

As encenações de super-heróis na grande mídia são fortemente desprovidas de sexualidade. Seus deveres como guardiães do bem tendem ser a prioridade, deixando suas vidas sexuais para segundo plano. Mas este fetiche permite que os fãs explorem o lado sexual desses personagens icônicos da forma que quiserem, além de incluírem outras taras no meio.

Formas de se envolver no fetiche de cosplay



Assim como a cultura pop que inspira esse fetiche, as formas de expressão dele são muitas e variadas. O fetichista de cosplay pioneiro Pablo Greene escreveu uma série de graphic novels muito populares focados em fetiche e bondage de super-heróis, que incluem o trabalho original How to Kill a Superhero: A Gay Bondage Manual.

Grupos fetichistas por cosplay estão criando e organizando festas e eventos fetichistas nas mesmas datas em que acontecem as convenções de quadrinhos e fãs pelo mundo, e a procura por noites temáticas em clubes fetichistas gays só aumenta. Sites dedicados ao pornô fetichista cosplay e lojas online vendendo roupas fetichistas dedicadas ao gênero vêm surgindo. Parece que esta tara veio para ficar e aumentar sua influência na cena fetichista.

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